quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

FACADA - QUEBRANTE

Facada! Uma banda foda que vem ganhando mais força e experiência com o passar dos anos. Facada! Uma palavra que ganhou novos significados (desrespeito, insulto, subversão, blasfêmia, falsidade e entre outros adjetivos) nestes últimos tempos no Brasil, devido a uma "facada" desferida no então canditado de extrema-direita e novo presidente eleito da república brasileira (facada esta bem suspeita, no sentido de ser sido uma armação, já que o autor do golpe saiu vivo desta situação sem ao menos ter sofrido algum tipo de agressão dos apoiadores e da massa presente no local). Inclusive a página oficial da banda no Facebook foi deletada por conta disso, com a alegação de desrespeito e injúria ao suposto mito [sic] (a página foi recuperada). Diante desses fatos, "Quebrante" já estava disponível no Spotify e esse título caiu como uma luva, tanto para o bem quanto para o mau (bem, no sentido de nós podermos escutar com muito prazer essa grande obra e mau, no sentido que a situação do povo/minorias com este novo governo pode ser a pior possível, lembre-se: amanhã vai ser pior). A palavra quebrante é uma gíria usada no nordeste (também em Minas Gerais) que significa mau olhado e nada melhor que James explicando: "O nome do disco foi dado por causa de um tipo de maldição que minha mãe falava muito. "Quebrante" é também conhecido por "mau olhado", quando alguém está indisposto, triste, sem forças, ruim mesmo. É comum ouvir que a pessoa está com quebrante/mau olhado, que alguém lançou sobre ela energias negativas que foram capazes de anular a energia vital daquela pessoa.". Quanto a barulheira inserida neste álbum, podemos dizer que é a continuação do explosivo e brilhante "Nadir", já que tem bastante elementos/influências metálicas no grindcore feito pela Facada, o que tem deixado o som fodido pra caralho. É até difícil mencionar qual é a melhor faixa de "Quebrante", pois todas são absurdamente empolgantes, brutais, explícitas e realistas, porém as minhas favoritas são "Nós Somos O Veneno", "Apenas Mais Um Igual A Mim", "Tudo Me Faltará", "Quebrante", "A Maldição Da Rede" (sem dúvida uma das melhores letras desse álbum, pois trata-se de um homem que desapareceu por aproximadamente dois anos e foi encontrado morto no próprio quarto - neste caso, apenas o seu esqueleto na rede de balançar , bizarro!), "Sumir" (pique hardcore), "A Vitória Da Diva", "Há Honra (?)", "Eu Sei Como É Morrer" (pancadaria black metal com grindcore - essa faixa é o encontro de Monge, Impaled Nazarene, Marduk e Immortal antigo), "Putrescina" (contraste: bela intro seguida de uma destruição musical), "A Verdade Gera O Ódio", "Pervitin", "Feliz Ano Novo" (feliz 2019? - tema/ideia lírica bem influenciado por Ratos de Porão), "Ele Não Voltará" (blast!) e "Miss Distopia" (a faixa mais diferente do álbum, pois os vocais são falados e não gritados, berrados ou urrados). A masterização de "Quebrante" ficou por conta de William Blackmoon (Gadget). A capa que é muito bem feita e impactante foi um trabalho de Nelson Oliveira (esse desenho lembrou bastante as artes desenvolvidas para os shapes da Santa Cruz Skateboards), na qual tem duas versões: uma em LP lançada pela Läjä Records (a imagem desse review) e a outra lançada em CD pela Black Hole Production (a capa é um detalhe da arte original). Assim como os registros anteriores, a Facada fez mais um excelente álbum e termino dizendo que "Quebrante" é um dos melhores álbuns de 2018! Fodido demais! Facada: Ari (guitarra), James (vocal e baixo), D'Angelo (bateria) e Danyel (guitarra).
First, Facada means 'stab' in Portuguese. Facada! A great band that has gained more strength and experience over the years. Facada! A word in Portuguese that has gained new meanings (disrespect, insult, subversion, blasphemy, falsehood among other adjectives) in recent times in Brazil, due to a "stab" that hit the extreme right-wing candidate when he was elected as the new president of the Brazilian republic (this stab was very suspicious, it seemed very fake, since the person who committed this act left the scene alive without at least suffering some type of aggression from the supporters and others present in the place). Even the official page of the band on Facebook was deleted because of this, with the allegation of disrespect and insult to the supposed myth [sic] (the page was recovered). Faced with these facts, "Quebrante" was already available on Spotify and this title sounds perfect for this moment, both for good and for bad (well, in the sense that we can listen with pleasure to this work and bad, in the sense that the situation of the people/minorities with this new government in Brazil may be the worst possible, remember: amanhã vai ser pior [tomorrow will be worse - this is also a song from the album "Nadir"]). The word quebrante is slang used in the Brazilian northeast (also in Minas Gerais state) which means something bad and nothing better, James explained: "The name of the record was given because of a kind of curse that my mother was talking about. "Quebrante" is also known as "bad look" when someone is unwell, sad, lacking strength, even bad. It is common to hear that the person has a broken / evil eye, that someone has thrown negative energies upon it that have been able to nullify that person's vital energy.". As for the noise in this album, I can say that it is the continuation of the explosive and brilliant "Nadir", since it has many metal influences in the grindcore made by Facada, which has left their sound much more powerful. It is even difficult to mention which is the best "Quebrante" track, because are all absurdly exciting, brutal, explicit and realistic, but my favorites are "Nós Somos O Veneno""Apenas Mais Um Igual A Mim""Tudo Me Faltará", "Quebrante", "A Maldição Da Rede" (without a doubt one of the best lyrics on this album, because it's about the story of a man who disappeared for about two years and was found dead in his own room - in this case, just his skeleton was left laying in a hammock, bizarre!), "Sumir" (hardcore), "A Vitória Da Diva", "Há Honra (?)", "Eu Sei Como É Morrer" (black metal destruction with grindcore - this track is the meetings of Monge, Impaled Nazarene, Marduk and old Immortal), "Putrescina" (contrast: beautiful intro followed by musical destruction), "A Verdade Gera O Ódio""Pervitin""Feliz Ano Novo" (the lyrical theme is greatly influenced by Ratos de Porão), Ele Não Voltará" (blast!) and "Miss Distopia" (the most unique track of the album, because the vocals are spoken and not guttural). The mastering of "Quebrante" was made by William Blackmoon (Gadget). The cover art that is very well made and impressive was a work by Nelson Oliveira (this drawing reminded a lot of the arts developed for the decks of Santa Cruz Skateboards), in which there are two versions: one on LP released by Läjä Records (is the image posted in this review) and the other one released on CD by Black Hole Production (the cover is a detail of the original art). Like previous records, Facada has made another excellent album and I finish saying "Quebrante" is one of the best albums of 2018! Badass! Facada: Ari (guitars), James (vocals and bass), D'Angelo (drums) and Danyel (guitars).
Grindcore - Fortaleza - Ceará - Brasil
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