AXEGRINDER - SATORI

Grandes e influentes bandas crust dos anos 80 voltaram a cena nestes últimos dez anos com novos registros como Hellbastard, Amebix, Antisect, Deviated Instinct e muitas pessoas (tanto em shows como na internet) sempre comentavam sobre uma possível volta da Axegrinder e tal. Pois então, depois de vinte e nove anos do lançamento da obra-prima "The Rise Of The Serpent Man", a Axegrinder nos apresenta o seu novo e segundo álbum "Satori", lançado em 2018. Obviamente, eles já tinham lançado a faixa "My Plague Queen" (split com a War//Plague) e a regravação de "Grind The Enemy", ambas de 2017, além de "Rain" (o clipe desse álbum). A partir disso, já tinha uma idéia de como poderia soar este álbum. Sendo assim, "Satori" é bem diferente do primeiro álbum lançado pela banda, na qual a sonoridade aplicada aqui é uma mistura bem dosada de industrial (Godflesh), metal, post punk e gótico, porém soando de forma monótona e sombria, em outras palavras, aquela atmosfera e aqueles riffs crust/thrash metal de outrora não estão presentes neste novo capítulo da Axegrinder. Independente disso, as minhas faixas favoritas são "Halo (Snakes For The Breeding)", "The Unthinkable", "Over" (ok, o clima desta faixa se aproxima do antigo Axegrinder) e "Too Far From Home" (com vocais femininos). Quanto ao título do álbum, a primeira vez que li sobre sobre satori foi através do livro "Caos - Terrorismo Poético e Outros Crimes Exemplares" escrito pelo anarquista ontológico Hakim Bey e que significa literalmente compreensão ou como descrito na nota de rodapé do livro: "No zen-budismo, o estado de iluminação espiritual; o alcance repentino deste estado.". Pelo fato de "Satori" ter sido o álbum mais aguardado pelos crusties neste ano de 2018, isso pode causar certo espanto, estanheza ou decepção em alguns ouvintes, porém eu digo sem nenhum problema que gostei desse álbum, mesmo soando diferente daquilo que eu cresci ouvindo da Axegrinder, ou seja, esse álbum merece ser ouvido e ter a sua devida compreensão, mesmo que isso leve algum tempo. Legal!

Great and influential crust bands from the 80's have returned to the scene in the last ten years with new records like Hellbastard, Amebix, Antisect, Deviated Instinct and many people (both in shows and on the internet) always talked to me about a possible return of Axegrinder. Then, twenty-nine years after the release of the masterpiece "The Rise Of The Serpent Man", Axegrinder presents its new and second album "Satori", released in 2018. Obviously, they had already released the track "My Plague Queen" (split with War//Plague) and the re-recording of "Grind The Enemy", both in 2017, in addition to "Rain" (the video clip of that album). From that, I already had an idea of how this album could sound. So, "Satori" is very different from the first album released by the band, in which the sound applied here is a mixture of industrial (Godflesh), metal, post punk and gothic, but sounding monotonous and somber, in other words, that atmosphere and those crust/thrash metal riffs from the past are not present in this new chapter of Axegrinder. Regardless, my favorite tracks are "Halo (Snakes For The Breeding)", "The Unthinkable", "Over" (ok, this track is vaguely similar to the old Axegrinder) and "Too Far From Home" (with female vocals). As for the title of the album, the first time I read about satori was through the book "Chaos" (this book is a compilation of texts and was translated exclusively for Brazil) written by the ontological anarchist Hakim Bey and it literally means comprehension as described in the footnote to the book: "In Zen Buddhism, the state of spiritual enlightenment, the sudden attainment of this state.". By the fact "Satori" was the most anticipated album by the crusties in this year of 2018, this may cause some amazement, strangeness or disappointment in some listeners, however I say without any problem that I like this album, even though it sounds different from what I grew up listening to from Axegrinder, that is, this album deserves to be heard and understood, even if it takes some time. Nice!

Crust / Industrial Metal / Post Punk / Gothic - Londres / London - Inglaterra / England
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